Evasao na escola superior de ciencias da saúdade da Universidade do Estado do Amazonas

Linha TemÁtica:Possíveis causas e fatores influentes no abandono. Predição de risco de abandono

Perdomo, Selma Barboza

Labra ,Grey Angela Freitas

Nogueira, Iracema da Silva

Escola Superior de Ciências da Saúde da Universidade do Estado do Amazonas- BRASIL

[email protected]

Resumo: A Universidade do Estado do Amazonas, possui 11 anos de existencia carece de estudos sobre suas problemáticas institucionais, dentre elas a evasão universitária, comum a todas as universidades brasileiras e que geram prejuízos ainda nao mensurados para a instituição. Este estudo de natureza documental e descritiva faz uma análise retrospectiva da evasão universitária dos primeiros nove anos da referida universidade, tendo como principal objetivo analisar a evasão dos estudantes da Escola Superior de Ciencias da Saúde (ESA) da UEA, no período de 2001 a 2009, e especificamente, conhecer as taxas de evasão dos cursos de Enfermagem, Medicina e Odontologia; identificar qual o curso que apresenta a maior ocorrência de evasão, além de comparar as taxas de evasão entre os cursos. Como método de pesquisa utilizou-se coleta de dados através de documentos oficiais da Universidade, com posterior tratamento destes por meio de estatistica descritiva para obtenção das taxas de evasão. Os resultados evidenciam que o curso de Enfennagem obteve a maior taxa de evasão seguido do curso de Odontologia e, em seguida, Medicina. Observou-se também, que a taxa total da ESA, em sua primeira década de existência, foi de 13,3% e está abaixo daquelas apresentadas pela Comissão Especial de Estudos sobre Evasão das Universidades Públicas Brasileiras, em 1996. Os resultados levam necessidade de novos estudos sobre evasão em universidades públicas e na propria UEA no intuito de se obter mais subsidios para ações efetivas no campo institucional e político no combate evasão, bem como conhecer melhor essa realidade.

Palavras-chave: Evasão; Abandono da carreira universitária;

1. INTRODUÇÃO

A evasão universitária constitui um problema pertinente das universidades latinoamericanas e brasileiras. Ela representa
prejuízo de recursos financeiros institucionais investidos que não obtiveram retomo social para a população, contudo, de acordo com Betancur e González (2008), historicamente a evasão estudantil tem sido um fenómeno recomente, porém ainda não tratada institucionalmente como um problema.

Deve-se considerar essa problemática uma vez que se obsevça a dificuldade de se ingressar em universidade pública e que na última década surgiram programas sociais brasileiros que visam inclusão de alunos em condições socioeconómica desfavorecida, como é o caso do Programa de Inclusão Social (INCLUSP), que desde 2007 tem favorecido a entrada de alunos que cursam todo o ensino médio em escolas públicas sendo tais alunos pertencentes às camadas menos favorecidas da sociedade brasileira.

Ao analisar as causas da evasão temporária e permanente, Canales e De Los Rios (2007), concluíram que a evasão temporária (mudança de curso ou instituição) no Chile está fortemente associada às causas de tipo vocacional, motivacional e
sociocultural, a baixa integração dos estudantes aos cursos e/ou às instituições educativas, assim como a qualidade de ensino
da instituição, enquanto a evasão pennanente (abandono defmitivo) tem condicionantes socioeconómicos e familiares.

A Universidade do Estado do Amazonas — UEA - foi criada pela lei no 2.637, de 12 de janeiro de 2001, possui sistema de cotas, garantindo que 80% das vagas sejam ocupadas por candidatos que cursaram o ensino médio em escola pública
ou privada do Estado do Amazonas. Possui, desde 2005, reserva de vagas por curso para candidatos das etnias indígenas do Estado e tem a missão de proporcionar o desenvolvimento do Estado do Amazonas, capacitando e formando quadros que possam atuar no sistema produtivo, na gestão pública, na produção de conhecimento, na geração de novas tecnologias e na valorização do patrimonio imemorial.

A Universidade do Estado do Amazonas é uma instituição com apenas dez anos de existencia, sem apresentar até o momento, estudos que mostrem a realidade sobre evasão universitária com poucos estudos que possibilitem nortear ações
acertadas para a resolução dos mesmos.

Os resultados desta investigação servem de subsidios para posteriores estudos sobre as causas da evasão nesta instituição e
possibilita reflexões sobre a constmção de ajustes na política educacional, de ámbito institucional, empenhada em minimizar esse fenómeno.

Sendo assim, o objetivo desse estudo foi o de analisar a evasão dos estudantes da Escola Superior de Ciencias da Saúde da UEAno período de 2001 a 2009.

2. MÉTODO

Trata-se de uma pesquisa documental e descritiva, que segundo Brevidelli e Domenico (2006) e Severino (2007), busca
informações a respeito de uma Instituição a fim de caracterizá-la e traçar um perfil utilizando documentos legais.

A amostra foi constituida por todos os documentos referentes ao desligamento de alunos matriculados no período de 2001 a
2009, pertencentes aos cursos de graduação da ESA, a saber: portarias no 03/2007, no 002/2009 e no 043/2010; da Pró-Reitoria de Ensino e Graduação da UEA (PROGRAD/UEA) e listas contendo o total de vagas preenchidas na ESA/UEA,
independente da fonna de ingresso na universidade.

Vale ressaltar que a UEA efetua o desligamento através de dois critérios: 1) Ter abandonado o curso deixando de matricular-
se ou mediante trancamento durante dois períodos consecutivos; 2) For reprovado em todas as disciplinas matriculadas em um detenninado periodo letivo conforme rege a resolução 002/2006 (UFA, 2006). Para melhor organização dos dados foi
utilizado um forrnulário contendo: nome do curso, número de alunos evadidos e número de alunos matriculados por ano. O
preenchimento do referido instrumento se deu tendo como base os seguintes documentos:

1. Listas emitidas pela Pró-reitoria de Graduação, mediante portarias, correspondentes à ESA contendo o número de alunos evadidos por ano e por curso;

2. Listas contendo o total de vagas preenchidas na ESA, independente da fonna de ingresso na universidade fomecidas pela Secretaria Académica da referida Unidade.

Os dados foram coletados no período de agosto de 2011 a fevereiro de 2012 e annazenados em planilha do aplicativo Excel
tendo recebido tratamento por meio de Estatistica desclitiva, com cálculo da taxa de evasão calculada pela razão entre o número de alunos desligados e o total de alunos matriculados no periodo de 2001 a 2010, por curso e por ano, sendo apresentados por meio de gráfico de linha e tabelas de frequência, com números absolutos e percentuais.

A pesquisa recebeu tenno de anuencia da Pró-Reitoria de Graduação da UEA (PROGPAD) para a obtenção de todos os
documentos legais.

Por tratar-se de pesquisa descritiva e documental, não foi necessária apreciação pelo Comitê de Etica em Pesquisa da
Instituição, sendo assim conferida plena autonomia necessária às autoras da pesquisa para o seu prosseguimento.

3. RESULTADOS

Para efeito da descrição das tabelas aqul apresentadas, considera-se que o número de vagas oferecidas pela UEA na ESA é,
desde 2001, assim distlibuído: 120 vagas para o curso de Medicina, 104 para Odontologia e 104 para Enfennagem, conforme descritos nos editais da instituição.

Vale ressaltar que a taxa de evasão corresponde ao ano de ingresso do estudante, uma vez que a lista de desligamento se efetiva após dois semestres de nao efetivação da matricula ou reprovação de todas as disciplinas matriculadas, confonne descrito anterionnente.

Tabela 1

Relação entre o número de estudantes matriculados e evasão universitárla na ESA/UEA do ano de 2001 Manaus, julho,

Nos dados da tabela 1 observa-se que, no ano de 2001, não foram preenchidas as vagas disponíveis para o curso de Enfermagem (n=100), houve excedente de cinco estudantes que ingressaram no curso de Medicina (IF125), possivelmente justificado por aqueles que ingressaram por meio de mandado judicial de segurança. Nào houve preenchimento completo das vagas do curso de Odontologia (11296). Para o referente ano a taxa total de evasào da ESA foi de 14,3%, sendo a taxa de Enfermagem de 18,0% (n=18), a de Medicina foi de 5,6% (n=7) e Odontologia, apresentou 21,9% (n=21), sendo esta a maior.

Tabela 2

Relação entre o número de estudantes matriculados e evasão universitária na ESA/UEA do ano de 2002. Manaus, julho, 2012.

Nos dados da tabela 2 observa-se que, no ano de 2002, houve excedentel de estudantes matriculados nos cursos de Enfennagem e Medicina: n=106 e n=124, respectivamente. A taxa de evasão de Odontologia foi a maior, apresentando 14,4%.

Constata-se que em 2002 a taxa de evasão total foi menor (9%), quando comparada com o ano anterior.

Tabela 3

Relação entre o número de estudantes matriculados e evasao universitária na ESA,'UEA do ano de 2003. Manaus, jumo, 2012.

Na tabela 3, obsewa-se que no ano de 2003, ocorreu déficit de matriculados nos três cursos: Enfennagem (n=92); Medicina (n=110); Odontologia (n=98). As taxas de evasão ficaram em 25,4% para Enfennagem, a maior apresentada; 14,5% para Medicina e 19,4% para Odontologia. Observa-se aumento da evasão total em 10,1 % com relaçào a 2002.

Tabela 4

Relação entre o número de estudantes matriculados e evasão umversitária na ESA/UEA do ano de 2004. Manaus, julho, 2012.

Em 2004, somente o curso de Medicina obteve excedente no número de matrículas. No entanto, os cursos de Enfermagem e Odontologia permaneceram com déficit de matriculados. A maior taxa de evasão ficou por conta do curso de Odontologia como há dois anos com 25,2%, sendo as taxas para Medicina e Enfermagem, 19,7% e 12,5%, respectivamente. O total de evasão quase se igualou ao ano antefior, com 19,4%.

Tabela 5

Relação entre o número de matriculados evasão universitária estudantes ESAÃJEA.Manaus, julho de 2012.

Na tabela 5, obsewa-se que em 2005 o curso de Medicina obteve 189 matriculados, o que representa 69 matrículas excedentes, sendo que os cursos de Enfemagem e Odontologia obtiveram déficit de matliculados, n=93 e n=96, respectivamente.

Novamente obsewou-se Odontologia com a maior evasão (28,1%), com aumento da taxa de 3,4% em relaçào ao ano anterior.

Tabela 6

Relação entre o número de estudantes matriculados e evasão universitária na ESA/'UEA do ano de 2006. Manaus, julho, 2012.

De acordo com a tabela 6, no ano de 2006 os cursos de Medicina e Odontologia apresentaram excedente de matliculados e
Enfennagem ficou com déficit no mesmo quesito. Nesse ano, o curso de Enfennagem ficou com a maior taxa de evasão (18,4%), o que nào acontecia desde 2003. Houve também queda importante da taxa de evasão total, de 22,8% para 14,8% com relação ao ano antefior.

Tabela 7

Relação entre o número de estudantes matriculados e evasão umversltária na ESA/UEA do ano de 2007. Manaus, julho, 2012.

Na tabela 7, obsewa-se que no ano de 2007 houve excedente de matriculados nos cursos de Medicina e Odontologia (n=136 e n=105, respectivamente). O curso de Enfermagem, novamente, apresentou a maior taxa de evasão (14,4%), com uma discreta diferença com relação ao ano anterior (18,4%). A evasão total foi de 7,8 %, bem menor que em 2006.

Tabela 8

Relação entre o número de estudantes matriculados e evasão umversitária na ESA/UEA do ano de 2008. Manaus, julho, 2012.

A tabela 8, mostra em 2008 novamente excedente de matrículas em Medicina e Odontologia, com Medicina alcançando excedente de 13 matrículas, e Odontologia, de apenas duas. O curso com a maior taxa de evasão foi Enfennagem, com
16,30 0. A taxa de evasào total nesse ano foi de 6,4%, um pouco menor que a de 2008 (7,8%).

Tabela 9

Relação entre o número de estudantes matriculados e evasão universitária na ESA/UEA do ano de 2009. Manaus, julho, 2012.

Na tabela 9, detecta-se que em 2009 houve excedente de matriculados apenas no curso de Medicina (11—131), sendo que nos demais cursos houve um pequeno déficit nesse quesito. Enfennagem alcançou a maior taxa de evasào com 3,00 0, enquanto Medicina àb e Odontologia ficou com nào obteve evas taxa de apenas 1,0%. A taxa de evasào total foi de 1,2%.

Diante do panorama exposto na Figura 1 podemos afllmar que a média afitmética por curso durante o pelíodo de 2001 a 2009 ficou assim distribuída: Enfennagem: 16,4%, a maior taxa apresentada entre os cursos; Odontologia: 15,10 0; Medicina: 8,4%. A taxa de evasào total conespondente aos primeiros nove anos de existência da ESA, portanto, foi de 13,3%.

4. DISCUSSÃO

Em face dos dados expostos, é possivel afirmar que a média de evasão entre os três ctusos da ESA/UEA, indicam que houve pouca diferença com relação média de evasão das IES públicas brasileiras que, segundo o recente trabalho de Silva - Filho et
al. (2007), entre 2001 e 2005, foi de 12%.

Porem, positivamente, apresenta um número bem menor que aquele apontado pela Comissão Especial de Estudos Sobre a
Evasão nas Universidades Federais Públicas Brasileiras (22,56%, para a Area de Ciencias da Saúde), há 16 anos. Diante desse fato, obsewa-se que a evasão vem diminuindo gradativamente, decerto pelo fato de o Brasil ter experimentado um perceptivel avanço economico nos últimos anos.

Considerando a evasão separadamente por curso, as médias encontradas na ESAUEA (Enfermagem - 16.4%; Odontologia — 15,1% e Medicina — 8,4%) podem ser consideradas altas se comparadas às taxas encontradas na Universidade Federal
do Ceará por Silva Filho (2009), consideradas por ele insignificantes: oito por cento em Enfermagem e apenas três por cento no curso de Medicina. Filho et al. (2007) apud Brasil (2006) também mostra taxa semelhante para o curso de Medicina no Brasil em 2005: quatro por cento de evasão.

Os demais cursos aqui estudados (Enfermagem e Odontologia) exibem taxas de evasão abaixo de cursos como qulmica e
fisica, cursos da Area de Exatas que estão entre os recordistas em evasão universitária no Brasil. Para se fazer uma comparação, o estudo de Cunha, Tunes e Silva (2001), a respeito do curso de química que constatou taxas de desligamento por não cumprimento de condições com índice de 44,8% e o desligamento por na ordem de 19.7%.

Outro estudo feito por Gomes, Moura e Feneira (2010), constatou considerável taxa de 84,4% no curso de Fisica no Instituto Federal de Educação, Ciencia e Tecnologia do Rio Grande do - IFRN, em 2006.

Como pode ser observado, a problemática da evasão exige uma análise sob várias dimensões. Há que se considerar que
muitos alunos procedem do interior do Estado do Amazonas e que, não poucas vezes encontram inúmeras dificuldades no processo de adaptação em Manaus, como condições inadequadas de moradia.

Para Teixeira, Castro e Piccolo (2007), o autoconhecimento, o nivel de interação com professores e a exploração do novo
ambiente sao fatores que se correlacionam diretamente com os indicadores de adaptação dos estudantes universidade. Tais fatores devem ser estimulados durante o período de graduação para minimizar as dificuldades inerentes aos estudantes que, além do distanciamento familiar, muitas vezes possuem condições financeiras desfavoráveis.

A inserção precoce dos estudantes em programa de pesquisa foi outra ação que demonstrou impacto na redução do abandono Na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o Programa de Iniciação Científica (1988-1997) conquistou importante redução na taxa de abandono nos cursos de Ciências Sociais através do investimento numa política de integração desses estudantes no campo da pesquisa, chegando à taxa de apenas dois por cento de abandono (VILLAS BOAS, 2003).
Nessa mesma universidade, a alta taxa de evasão no curso de graduação em química teve como uma de suas prmcipais causas a baixa faixa etária dos estudantes no momento do ingresso na universidade associada ao deficiente conhecimento do curso ( NLACHADO, FILHO e PINTO, 2005).

Sendo assim, a dimensão socioeconómica, já tida por vários estudos como uma das princlpais causas de evasão, poderia ser um aceitável motivo para explicar a evasão no curso de Odontologia da UEA, visto o alto custo exigido para a permanencia
no mesmo, pela exigência da compra de todos os materiais odontológicos utilizados durante o curso, sem que haja a possibilidade de que a Universidade custeie ao menos os itens mais básicos. Consequentemente, o porte desses materiais torna-se também requisito para a obtenção de notas satisfatórias nas disciplinas do curso.

Considera-se, também, a qualidade do ensino durante o curso do nivel médio e, portanto, falta de condições em acompanhar
os estudos dado a necessidade de conhecimentos básicos. Isso é conoborado pelos dados estatísticos do XEP/MEC (2002)
em que o Estado do Amazonas aparece em segundo lugar entre os Estados da Região Norte no ranking de reprovações, tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio nos anos de 2000 e 2002, isto é, praticamente no período em que a UEA foi criada. A esse fato se agrega o agravante da convivencia, na mesma sala entre alunos egressos do ensino público e egressos de escolas privadas de renome, entre as quais algumas que ocupam o ranking no item qualidade de ensino da região norte.

Dentro desse raciocinio, Adachi (2009) concluiu que a evasão é mais elevada nos cursos que exigem notas menores para o
seu ingresso, em graduações cujo perfil de seus estudantes é de baixo poder aquisitivo, excetuando-se aqueles que recebem
assistência estudantil, que apresentam elevados índices de conclusão. Desse modo, Belletatti (2011) afirma que a quantidade e a complexidade dos conteúdos mihistrados e a dificuldade de integração académica são fatores relevantes da evasão nas universidades públicas brasileiras.

Considera-se que os três primeiros períodos, comuns aos tres cursos, é um período caracterizado por um grande desafio
académico ao obsevçar que ocone mudança impoltante na relação entre professor e aluno, se comparado com a estmtura cunicular do ensino médio.

E oportuno mencionar o trabalho de Bohry (2007), que em sua pesquisa com 40 universitários, constatou que a maioria apresentou dificuldade emocional importante com transtomo psicológico que interferiu no desempenho académico, levando ao abandono da caneira.

Dessa forma, toma-se interessante que se mantenha o alerta para as possibilidades de tais transtomos, bem como o desequilíbrio emocional estudantil, principahnente durante os primeiros períodos letivos na ESA/UEA, justamente quando o estudante encontra-se munido de pouca experiencia, e é submetido à extensa carga horária, excesso de conteúdos, estresse fisico e emocional.

Outro ponto a ser observado, e a pouca importância conferida aos futuros ingressantes no período anterior à entrada na
universidade com relação ao conhecimento adequado da profissão escolhida. Por falta de orientação vocacional, sabe-se que muitos evadem logo nos primeiros períodos letivos. Bueno (1993) enfatiza que a cometa escolha profissional deve ser central na compreensão da evasão, assim como Hutz e Bardagi (2008), que também detectaram em seu estudo que a pouca comunicação familiar sobre a caneira antenonnente ao ingresso na universidade, é fator preponderante para a evasão. Nesse sentido, ressalta-se ainda a importância do trabalho do psicólogo escolar e do professor do ensino médio no sentido de orientar o estudante na decisão da caneira.

5. CONCLUSÃO

Constatou-se que o curso de Enfermagem apresentou a malor ocorrêncla de evasão , seguido do curso de Odontologia e Medicina. Observou-se, também, que a taxa total de evasão da ESA, em seus prlmelros nove anos de existência, está abaixo daqueles apresentados pela Comissão Especial de Estudos sobre Evasão das Universidades Públicas Brasileiras, em 1996.

Referencias

ADACHI, A. A. C T. (2009). Evasio e evadidos nos cursos de graduaçâo da Universidade Federal de Minas Gerais. Dissertação (Mestrado). Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais UFMG. Belo Honzonte.

BELLETATTI, V. C. F. (2011). Dificuldades de alunos ingressantes na universidade pública: indicadores para reflexões para a docêncla universitária.Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo. Faculdade de Educação. São Paulo.

BETANCUR, M. R; GONZÁLEZ, D Deserción estudiantil en la universidad de Ibagué, Colômbia: una lectura históñca en. perspectiva cuantitativa. Revista del Instituto de Estúdios en Educación Universidad del Norte, n. 9.

BOHRY, Crise Psicológica do Universitário e Trancamento Geral de Matricula por Motivo de Saúde. Dissertação (Mestrado).
Instituto de Psicologia da Universidade de Brasilia Unb. Brasilia.

BUENO, J. L. o (1993) A evasão de alunos. Paidéia, Rlbelrão Pretor n. 5. ago.

BRASIL (2006). Mimsténo da Educação_ Decreto no 6.096, de 24 de abril de 2007. Institui o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Umversidades Federais_ Diário da Oficial da União. Brasília, DF

BREVIDELLI, M. M; DOMENICO, E. B. L (2006) Trabalho de Conclusio de Curso:Guia Prático para Docentes e Alunos da Area da Saúde. São Paulo: Iátria.

CANALES, Ar; DE LOS RÍOS, D(2007) Factores explicativos de la deserción universitária_ Calidad en la Educación, n. 26, jul.

CUNHA, M; TUNES, E; SILVA, Evasão do curso de química da universidade de brasilia: a Intemretação do aluno evadido. Química Nova. v. 24, 111.

GOMES, MOUR„A, D.H; FERREIRA, J. M. O mapa da licenciatura em fisica no IFRN. Trabalho apresentado ao 12. ENCONTRO DE
PESQUISA EM ENSXO DE FÍSICA, Águas de Lindóia.

HUTZ, CS; BARDAGI, M. P. (2008). APOIO parental percebido no contexto da escolha inicial e da evasão de curso universltário.Revista Brasileira de Orientaçào Profissional, São Paulo. v.9, n. 2. dez

INEP. Rendimento e Movimento Número de Alunos Reprovados no Ensino Fundamental, por Localização e Dependêncla Administrativa, segundo a Região Geográfica e a Unidade da Federação 2002. Disponível em: http://gov.br/rendimento e movimento escolar 2003. Acesso em: 25 jun. 2012.

MACHADO, S.P;FILHO, J. M. M; PEVTO, A evasão nos cursos de graduação de química. Uma experlêncla de sucesso felfa no Instituto de química da umversidade federal do ño de janeiro para diminuir a evasão. Química Nova, Umversldade Federal do RIO de Janeiro, Rio de Janeiro. v. 28

SEVERINO, A. J.(2007)_ Metodologia do Trabalho Científico. 23 ed. São Paulo: Corte. SILVA-FILHO, R. LL. et al(2007) A no
ensmo superior brasileiro. Cadernos de Pesquisa. São Paulo, v.37, n. 132, set/dez.

SILVA FILHO, J. P. da As reprovaçôes em disciplinas nos cursos de graduaçâo da Universidade Federal do Ceará (UFC) no período de 2000 a 2008 e suas implicaçôes na evasio discente. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal do Ceará. Foñaleza.

TEIXEIRA, M.A_P; CASTRO, G. D; PICCOLO, L. Adaptação à Universidade em Estudantes Universitários: Um Estudo Correlacional. Interaçào em Psicologia_ v _ 11, n. 2, p. 211-220 211.

Resoluçào 002/2006 de 07 de abril ( 2006) Dispõe sobre o desligamento de aluno por abandono das atividades academicas e dá outras providências. Amazonas, 2006. Diálio Oficial do Estado do
Amazonas. Manaus, AM, 07 abr.

VILLAS BOAS, G. K. (2003). Currículo, iniciação científica e evasão de estudantes de ciencias soclais. Tempo Social, niversidade de São Paulo, São Paulo, v.15, n. 1.