AÇÕES DE PERMANÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR
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Publicado: Jun 25, 2020
Resumen
O sistema de ensino superior brasileiro passou nas últimas duas décadas por expressivas mudanças que ampliaram o seu alcance e o perfil do corpo discente.
Nesse novo contexto, a evasão que já representava um desafio, tornou-se ainda mais complexa e abrangente. De um modo geral, a literatura aponta que as causas da evasão estão relacionadas a fatores internos, externos e pessoais, dos quais destacamos os desafios de adaptação às novas demandas acadêmicas. No sistema público fomentou-se, por meio da legislação, ações que favoreçam a permanência dos estudantes, atuando no âmbito financeiro, educacional, cultural dentre outros. No entanto, as instituições brasileiras ainda precisam avançar na construção de uma cultura na qual as proposições sejam baseadas em diagnósticos e os resultados sejam avaliados constantemente. Neste trabalho, apresentamos a avaliação do impacto para a permanência de estudantes que participaram de um ciclo de oficinas sobre estratégias de aprendizagem, realizadas em duas instituições federais de ensino superior, nos anos de 2017 e 2018, com o foco nos alunos ingressantes. As oficinas tiveram entre 3 e 7 encontros e abordaram os temas estabelecimento de objetivos, gerenciamento do tempo, estratégias de estudos, ansiedade, autoavaliação e basearam-se na Teoria Social-Cognitiva. Nesse período, foram ofertados, em 3 campi, nove turmas, nas quais os discentes se inscreviam após divulgação via correio eletrônico. No total, houve a participação de 104 discentes, de cursos das diferentes áreas do conhecimento, tais como Ciências Humanas, Ciências da Saúde, Ciências Exatas e Ciências Sociais Aplicadas. Analisou-se o percentual de permanência dos discentes participantes em relação à totalidade dos discentes das instituições. Os dados foram coletados na base de dados acadêmicos das instituições e foi realizada a análise comparativa entre a situação da matrículas dos discentes que realizaram a oficina nos anos de 2017 e 2018 e os que não participaram. Os resultados indicam que a participação nas oficinas, ao ingressar na universidade, tem contribuído com a permanência dos estudantes, pois o índice de evasão entre os estudantes que participaram das oficinas é menor do que o encontrado entre a totalidade do corpo discente.